TEMPOS QUE NÃO VOLTAM MAIS

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Tempo em que picolé se chupava em palito

Sorvete se tomava em casquinha

Rico andava de carro, pobre de ônibus, bonde ou lotação.

Ladrão só roubava galinha

 

Namoro era andar de mão dadas

Noivado era feito na varanda

Pegavam-se as oito no trabalho

Verdura se comprava em quitanda

 

A noite era feita para dormir

Os dias feitos pra batalhar

Domingos era feito pra folgas

E ninguém tinha que trabalhar

 

Policia era chamado de guarda

Bandido ia mesmo pra cadeia

Medico era chamado de doutor

No pé calçado, sapato com meia.

 

Meninos usavam calça curta

Homens usavam calças compridas

Em vez de fecho, braguilhas com botões.

Em vez de sunga, cuecas eram preferidas.

 

Casamento se ia de terno

Em enterro e trabalho também isso era obrigatório

Nunca se via perna nem busto de mulher a granel

A não ser na cama como esposa, ou como meretriz de bordel.

 

 Eram fieis as quatro estações do ano 

Filhos obedeciam aos pais

Tinha-se hora pra chegar em casa

Nada de fumar na frente ou falar palavrão

Pois logo o cinturão cantava

 

Domingo era dia de almoço em família

Feriado era pra se ficar em casa

Respeitavam-se dias santos

E a missa domingo ninguém faltava

 

Nos bailes se dançava agarradinho

Fosse mambo, bolero ou samba canção.

Carnaval era pra brincar de verdade

Em blocos de folia ou bailes de salão

 

São tempos bons que se foram

Tempos que deixaram saudades

Tempos que não voltam mais

Diante de nossa cruel realidade

Frio no inverno, calor no verão.

Primavera era tempo de flores.

E não esta bagunça de até então